Emergência

Guerra na Síria

11 anos de êxodo e devastação.

11 anos de sofrimento, bombas e fuga.

11 anos de guerra na Síria deixaram milhões de vítimas. A situação, longe de melhorar, é mais crítica do que nunca. Os sobreviventes deixaram tudo para trás à procura de um lugar onde se possam sentir seguros da guerra. Há 5.6 milhões de refugiados. Muitos tentaram chegar às fronteiras de países como a Turquia, o Líbano e a Jordânia. Outros tentaram atravessar o Mediterrâneo para chegar à Grécia ou Itália. Quem consegue, chega descalço, com a roupa ensopada e em situações críticas. A guerra na Síria provocou também 6.9 milhões de deslocados internos, 80% das pessoas vivem em situação de pobreza e mais de 14.6 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária urgente para reconstruir as suas vidas.

Esta década de bombas e ataques deixou traumas, sofrimento, milhares de mortos e um dos maiores êxodos da história recente. Uma geração inteira de sírios está em risco.

 
Fluxos migratórios da Síria para outros países, tais como a Grécia

A guerra na Síria: o início do conflito

A Síria, no coração do Médio Oriente, é um ponto estratégico desde os tempos antigos. A meio caminho entre três continentes, a Síria foi casa para 30 civilizações e tem sido o epicentro de grandes disputas históricas.

Em 2011, a Primavera Árabe irrompeu na Tunísia, Líbia e Egipto, seguida por países como a Síria.

O que começou como um protesto pacífico transformou-se num confronto entre apoiantes do presidente sírio e opositores.

Foi o início do conflito na Síria que dura até aos dias de hoje. Ainda hoje, continuam a ocorrer bombardeamentos, que provocam mais deslocados internos.

 

Milhões de refugiados sírios precisam de ajuda

14.6 milhões
pessoas precisam de ajuda humanitária na Síria.
6.9 milhões
de deslocados internos.
5 milhões
de refugiados sírios em todo o mundo.
 
 

11 anos de sofrimento: trabalho infantil, casamento infantil e mendicidade para sobreviver

O número de refugiados sírios continua a crescer. Esta é uma das maiores crises de refugiados dos últimos 25 anos.

Embora países como a Turquia, Líbano, Egipto, Iraque e Jordânia tenham aberto as suas portas às pessoas que fogem da guerra na Síria, a ajuda humanitária é escassa após anos de conflito. As crianças refugiadas são uma população vulnerável e é especialmente importante atender às suas necessidades.

Os refugiados sírios esgotaram todas as suas poupanças e dependem cada vez mais da ajuda humanitária para pagar os serviços mais básicos. 86% dos refugiados sírios que vivem fora dos campos de refugiados sobrevivem em habitações precárias, subsistindo com apenas 3,2 dólares por dia. Em situações como esta, medidas como o casamento infantil são a única saída para algumas famílias.

O ACNUR fornece ajuda humanitária para ajudar os refugiados sírios, ajudando os mais vulneráveis com apoio financeiro para medicamentos e outros bens de primeira necessidade. Apoia também os refugiados com acesso a água limpa e saneamento. Para aqueles que foram deslocados mas permanecem na Síria, fornece kits de abrigo e artigos não alimentares, assim como serviços de proteção e apoio psicossocial.

Durante a pandemia da COVID-19, o ACNUR tem apoiado hospitais e outras estruturas de saúde em zonas onde vivem refugiados. Também concedeu bolsas de emergência em dinheiro àqueles que foram duramente atingidos pelo aumento da pobreza durante a pandemia. Para assegurar uma resposta coordenada nos principais países de acolhimento de refugiados, o ACNUR coliderou o Plano Regional para Refugiados e Resiliência (3RP) para 2021. Nesse ano, os 270 parceiros no âmbito do plano tinham como objetivo apoiar mais de 10 milhões de pessoas - incluindo mais de 5,5 milhões de refugiados sírios e 4,8 milhões de membros das suas comunidades de acolhimento.

 
"Os aviões estavam a voar e a largar bombas. Tivemos medo, escondemo-nos e chorámos".
Shamsa, rapariga refugiada síria no Líbano.