A Fome Está a Duplicar A Fome Está a Duplicar

A Fome Está a Duplicar

A região do Corno de África, sobretudo a Somália, Quénia e Etiópia, está a enfrentar a mais longa e severa seca em 40 anos. A falta de chuva em cinco épocas consecutivas, a caminho da sexta, está a forçar a deslocação de milhões de pessoas que lutam pela sua sobrevivência, fugindo da fome, da escassez de água, da insegurança e dos conflitos.

23 milhões

de pessoas na Etiópia, Quénia e Somália vivem uma grave insegurança enfrentado uma fome severa com falta de acesso à água.

2.6 milhões

de refugiados e deslocados internos são impactados por esta seca sem precedentes.

+3.8 milhões

do total da população refugiada nesta região é afetada por cortes na assistência alimentar.

Devido ao impacto a longo prazo da Covid-19, das alterações climáticas, dos conflitos prolongados, do conflito da Ucrânia e a redução global de fundos, as pessoas deslocadas forçadamente a nível global estão a ser cada vez mais afetadas pela escassez de alimentos estando em risco de fome.

A crise da fome no Corno da África está a atingir proporções imagináveis.
Comunidades na Somália, Quénia e Etiópia enfrentam múltiplas crises e são as pessoas mais vulneráveis, os refugiados e as famílias deslocadas, que estão a sentir os maiores impactos desta crise.
Os conflitos, a seca e as alterações climáticas exacerbaram a insegurança alimentar nesta região e as famílias estão a ser forçadas a fugir, expostas a riscos de proteção.
Refugiados, deslocados internos e pessoas apátridas são algumas das pessoas mais vulneráveis à insegurança alimentar e malnutrição devido à falta de acesso a bens e meios de subsistência, à ruptura das redes de segurança comunitárias e à frequente exclusão de sistemas de proteção social nacionais.

a fome está a duplicar

A assistência monetária ajuda as famílias na sua alimentação e melhora a situação de proteção em emergências de insegurança alimentar.

Só no Corno de África, a Agência da ONU para os Refugiados avança que 53% dos refugiados que chegaram ao Quénia provenientes da Somália nos últimos 3 anos foram obrigados a deixar o seu país e as suas vidas para trás, em parte, devido à seca e insegurança alimentar.

O mais recente relatório do ACNUR vem dar força a esta afirmação ao dar conta de que, em 2023, mais de 1 milhão de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na Somália devido aos conflitos, às inundações e à seca.

Em 2021 e 2022, a comida foi consistentemente registada como parte das duas principais despesas das pessoas que receberam assistência monetária.
A crise global alimentar é uma crise de proteção que acentua também o risco para mulheres e crianças.
Para as mulheres, a crise alimentar está a aumentar a exposição à violência sexual e de género.
Para as crianças, a crise alimentar está a acentuar os casos de violência, negligência, exploração e abusos, abandono escolar e o casamento infantil.
A insegurança alimentar pode causar, e ser resultado, de deslocamentos e conflitos. Antes desta crise alimentar, os refugiados tinham uma vida com mais recursos e contribuíam para a economia local, conseguindo alimentar as suas famílias.

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