6 milhões de refugiados e migrantes em todo o mundo
As pessoas continuam a deixar a Venezuela para escapar à violência, à insegurança e às ameaças, assim como à falta de alimentos, medicamentos e serviços essenciais. Com mais de 6 milhões de venezuelanos a viver fora do país, a grande maioria em países da América Latina e das Caraíbas, esta tornou-se uma das maiores crises de deslocação do mundo.
À data de hoje, estão pendentes 952.246 pedidos de asilo (desde março de 2022). Desde 2014, o número de venezuelanos que procuram asilo noutros países aumentou em 4000%. Após terem fugido da violência, insegurança e ameaças, e devido à falta de alimentos e medicamentos no seu país, enfrentam sérios perigos na sua fuga.
A exploração do trabalho e sexual, o tráfico de seres humanos, a violência e a discriminação colocam as crianças, mulheres e homens venezuelanos em risco, à medida que chegam aos países vizinhos com medo e necessidade de apoio.
Até junho de 2022, mais de 6,1 milhões de pessoas deixaram as suas casas, 5 milhões das quais encontram-se no continente americano.
Existem 199.206 venezuelanos reconhecidos como refugiados a nível mundial e 971.170 com pedidos de asilo pendentes.
Como forma de apoio aos Estados anfitriões, o ACNUR procura apoiar as condições de receção, defender a legalidade da estadia e inclusão, mitigar riscos de proteção e impulsionar o acesso a serviços básicos.
A crise socioeconómica desencadeada pela pandemia trouxe um elevado impacto na vida dos refugiados e migrantes venezuelanos. Muitos perderam as fontes de rendimento, expondo-se à miséria, à falta de habitação, exploração e abuso.
+ 950.000
requerentes de asilo em todo o mundo.
2.7 milhões
requerentes de asilo em todo o mundo.
+ 186.000
de refugiados reconhecidos.
Em toda a região, o ACNUR tem intensificado a sua resposta e está a trabalhar em estreita colaboração com os governos e parceiros anfitriões, em particular a OIM, para apoiar uma abordagem coordenada e abrangente às necessidades dos refugiados e migrantes da Venezuela.
Para assegurar uma resposta abrangente da ONU e para apoiar os esforços dos principais governos anfitriões, a Plataforma Regional de Coordenação Interagências para a situação na Venezuela - liderada pelo ACNUR e pela OIM - lançou o Plano Regional de Resposta para Refugiados e Migrantes (RMRP) da Venezuela a 9 de dezembro de 2021. O plano, desenvolvido com cerca de 192 parceiros, visa apoiar as necessidades crescentes dos refugiados e migrantes e das suas comunidades de acolhimento em 17 países da América Latina e das Caraíbas.
Deixámos tudo na Venezuela. Não temos um lugar para viver ou dormir e não temos nada para comer.
Nayebis Carolina Figuera, uma mulher venezuelana de 34 anos que fugiu para o Brasil