Em diversas partes do mundo, pessoas forçadas a fugir enfrentarão este inverno longe de casa, vivendo em abrigos temporários e sem recursos suficientes para se manterem aquecidas.
Para milhares de pessoas, o inverno é muito mais do que uma simples estação.
É uma batalha travada contra o frio implacável e a violência constante. É a sensação de estar encurralado entre a neve e a guerra, abalado pela descida das temperaturas e pela quebra da esperança.
Em diversas partes do mundo, pessoas forçadas a fugir enfrentarão este inverno longe de casa, vivendo em abrigos temporários e sem recursos suficientes para se manterem aquecidas.
No Afeganistão e nos países vizinhos, como o Paquistão, décadas de conflito, pobreza, fome e catástrofes naturais têm devastado vidas. Para proteger as pessoas dos invernos rigorosos da região, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) está a construir abrigos, a fornecer aquecedores e a garantir apoio financeiro, permitindo que as famílias comprem alimentos, roupas e combustível para aquecimento.
Tínhamos uma situação muito complicada. A nossa casa anterior tinha as paredes cheias de rachas. Era muito, muito velha e estava a desmoronar-se
Abdul Wahab, pai de quatro filhos
Como muitas famílias na pequena vila montanhosa de Qala-e-Sabzi, Abdul vivia numa casa autoconstruída de barro e madeira. Este inverno, conseguiram manter-se aquecidos graças aos novos abrigos do ACNUR, equipados com bukharis – aquecedores tradicionais.
Na Ucrânia, desde a invasão do país, milhões de pessoas foram forçadas a fugir, enfrentando os invernos gelados em alojamentos provisórios. O ACNUR está a reparar edifícios destruídos pela guerra, a distribuir kits de isolamento e a prestar apoio financeiro de emergência. Em países como a Moldávia, ajuda os refugiados a integrar-se nas comunidades e a reconstruir as suas vidas através de oportunidades de emprego.
Antes da guerra, o inverno era muito mais fácil. A vida era diferente. Estamos a tentar regressar ao que tínhamos antes da guerra, mas está tudo mudado. Não se consegue comprar o que precisamos. Simplesmente não há.
Tetiana, residente na vila ucraniana de Kyselivka
No Médio Oriente, famílias sírias enfrentam mais um inverno longe de casa. As equipas do ACNUR estão no terreno, na Síria, Jordânia e Líbano, a distribuir lâmpadas solares e aquecedores, a isolar abrigos e a prestar assistência financeira vital, além de garantir acesso a cuidados de saúde. Do campo de Azraq na Jordânia, chegam-nos relatos tocantes:
A parte mais difícil de cuidar das minhas três netas no campo é o medo que sentem no inverno. Assustam-se com o som do vento e das tempestades e perguntam-me se alguém está a bater nas paredes do abrigo. As noites aqui são muito frias. Uso o meu cobertor para as cobrir, e só quero que elas fiquem quentes. Fico sem cobertor, porque preocupo-me que fiquem doentes com o frio. As noites são muito, muito geladas, e os meus pés ficam congelados durante toda a noite.
Ghasiba Al-Zamil (Umm Suleiman), avó de 56 anos de idade, originária de Daraa, na Síria
Não podemos mudar condições meteorológicas, mas podemos mudar condições de vida. O ACNUR, já está a intensificar a nossa resposta para proteger as famílias antes que o pior do inverno chegue.
Ajude a Portugal com ACNUR a levar abrigos robustos, roupas adequadas e refeições quentes, ao Líbano, à Síria, ao Afeganistão, à Ucrânia e ao Sudão. Faça o seu donativo.
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