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Cerca de 30 milhões de pessoas deslocadas vivem em África.

Quase um terço da população mundial de refugiados.

Em toda a África, o ACNUR trabalha para assegurar que as pessoas refugiadas, deslocadas e apátridas têm acesso a serviços básicos como a saúde. Também salvaguarda o acesso à proteção e asilo, responde com assistência para salvar vidas, estando preparado para atuar em menos de 72 horas em situações de emergência, apoiando mais de 750.000 pessoas.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados procura também soluções duradouras e sustentáveis para que as pessoas refugiadas, deslocadas e apátridas possam regressar à sua vida normal.

mapa África refugiados

Emergências em África

Em 2021, África testemunhou algumas das deslocações internas mais recentes, à medida que os conflitos e a violência se multiplicavam em vários países de todo o continente.

Milhões de novas deslocações foram registadas na República Democrática do Congo, Etiópia, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Nigéria, desencadeadas pela crescente insegurança e violações dos direitos humanos.

A procura de soluções duradouras para os refugiados e deslocados internos continua a ser uma prioridade crítica para o ACNUR, muitos deles enfrentando desafios adicionais devido à COVID-19 e aos efeitos das alterações climáticas.

Região de Tigray, na Etiópia

Uma crise humanitária em grande escala está a desenrolar-se à medida que milhares de refugiados fogem dos combates em curso na região de Tigray, na Etiópia. Desde o início da violência, em novembro de 2020, muitas pessoas têm percorrido horas para chegar a pontos fronteiriços remotos, a partir das cidades mais próximas do Sudão. Muitas são mulheres e crianças. Os centros de trânsito estão superlotados devido ao grande número de chegadas de Tigray, aumentando o risco de doenças, incluindo a COVID-19. Há uma necessidade crítica de identificar locais para que os refugiados possam ser deslocados para longe da fronteira, onde possam ter acesso a assistência e serviços. No final de novembro de 2020, existiam 45.449 refugiados do Tigray, no Sudão. O ACNUR está preocupado com a segurança de todos os civis de Tigray, incluindo os 96.000 refugiados eritreus ali localizados em quatro campos, que dependiam completamente da assistência.

Moçambique: a crise invisível

Em dezembro de 2021, mais de 744.000 pessoas estavam deslocadas internamente no país devido ao conflito armado que eclodiu na província de Cabo Delgado em Moçambique, em 2017. Moçambique acolhe também mais de 28.500 refugiados e requerentes de asilo, dos quais cerca de 9.500 residem em Maratane, enquanto os restantes 19.000 residem em áreas urbanas.

Moçambique é um dos países mais afetados no mundo por alterações climáticas. A 31 de março de 2022, o ACNUR declarou uma Emergência de Nível 2 para este país, a terceira declaração de emergência nos últimos quatro anos, após o ciclone tropical Gombe ter causado danos significativos e deslocado mais de 700.000 pessoas.

Conflitos e alterações climáticas afetam centenas de milhares de pessoas em Moçambique

+700.000

pessoas deslocadas, em 2022, devido ao ciclone Gombe.

+744.000

pessoas deslocadas devido à violência em Cabo Delgado.

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