O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) surgiu após a Segunda Guerra Mundial, a 14 de dezembro de 1950.
A Organização Internacional de Refugiados, antecessora do ACNUR, tinha ajudado um milhão de pessoas a reinstalar-se noutros países.
Um refugiado é uma pessoa que devido a um receio fundado de perseguição por razões de raça, religião, nacionalidade, pertença a um determinado grupo social ou opinião política, está fora do país da sua nacionalidade e não pode beneficiar da proteção desse país.
Estatuto de refugiado
O ACNUR, poucos anos após a sua criação, ganha o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho pioneiro na ajuda aos refugiados na Europa.
Em 1956, o ACNUR enfrentou a sua primeira grande emergência, quando as forças soviéticas exterminaram a revolução húngara, deixando milhares de refugiados como resultado.
A descolonização de África, nos anos 60, gerou a primeira de muitas crises de refugiados neste continente, o que exigiu a intervenção do ACNUR. Durante as duas décadas seguintes, o ACNUR respondeu a crises de deslocação na Ásia e América Latina. A viragem do século trouxe novos problemas de refugiados em África e grandes fluxos de refugiados para a Europa, como resultado das guerras nos Balcãs.
O ACNUR recebe o Prémio Nobel da Paz pela segunda vez em 1981, após décadas de trabalho. Desta vez, por apoiar os refugiados a nível mundial.
O ACNUR intervém em grandes crises de refugiados em África, como na República Democrática do Congo e na Somália, e na Ásia, procurando soluções para o problema dos refugiados afegãos.