Declaração de Filippo Grandi, do ACNUR, sobre o impacto dos cortes globais na ajuda humanitária aos refugiados

Declaração de Filippo Grandi, do ACNUR, sobre o impacto dos cortes globais na ajuda humanitária aos refugiados

20 de março, 2025

Tempo de leitura: 2 minutos

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GENEBRA – Cortes brutais no financiamento do setor humanitário estão a colocar milhões de vidas em risco. As consequências para as pessoas que fogem do perigo serão imediatas e devastadoras:

  • Mulheres e raparigas refugiadas, já em risco extremo de violação e outros abusos, estão a perder acesso a serviços que as mantinham em segurança.
  • Crianças estão a ficar sem professores ou escolas, levando-as ao trabalho infantil, tráfico ou casamento precoce.
  • Comunidades refugiadas terão menos abrigo, água e alimentos.
  • A maioria dos refugiados permanece perto de casa. Cortes na ajuda tornarão o mundo menos seguro, levando mais pessoas desesperadas a tornarem-se refugiadas ou a continuarem em movimento.

O ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, tem procurado formas inovadoras e eficientes de cumprir a sua missão, maximizando cada doação para aqueles que fogem do perigo. Mais de 90% da nossa equipa trabalha na linha da frente, prestando assistência às comunidades afetadas.

Só no ano passado, juntamente com os nossos parceiros, respondemos a 43 emergências de refugiados. Com menos financiamento, menos pessoal e uma presença reduzida do ACNUR nos países que acolhem refugiados, a equação é simples: vidas serão perdidas.

Isto não é apenas um défice de financiamento – é uma crise de responsabilidade. O custo da inação será medido em sofrimento, instabilidade e futuros perdidos.

O nosso compromisso com as pessoas forçadas a fugir mantém-se inabalável. Com apoio contínuo, podemos identificar e ajudar os mais vulneráveis, responder rapidamente a novas emergências, contribuir para a estabilização de regiões frágeis e facilitar o regresso seguro dos refugiados aos seus lares.

Apelamos aos Estados-membros para que cumpram os seus compromissos para com os deslocados. Agora é o momento de demonstrar solidariedade, não de recuar.

Para mais informações, por favor contacte:

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