Crise Climática Crise Climática

Crise Climática

Donativo Clima

A crise climática é uma crise humana. Está a provocar deslocações e torna a vida mais difícil para aqueles que já foram forçados a fugir. As alterações climáticas são um multiplicador de vulnerabilidades, agravando as deslocações e as necessidades de proteção em todo o mundo.

As alterações climáticas são claramente visíveis no aumento da intensidade e frequência de fenómenos meteorológicos extremos, como chuvas anormalmente intensas, secas prolongadas, ondas de calor e ciclones. Até meados de 2024, cerca de 90 milhões das atuais 123 milhões de pessoas deslocadas à força viviam em países com exposição elevada ou extrema a riscos relacionados com o clima. Isto representa um aumento de cerca de 5 milhões de pessoas deslocadas à força a viver em zonas altamente vulneráveis desde o final de 2023. A maioria encontra-se deslocada dentro do seu próprio país, embora algumas possam também ser forçadas a atravessar fronteiras em busca de segurança e proteção.

De acordo com as mais recentes investigações, sem uma ação decisiva para atenuar as alterações climáticas e reduzir significativamente o risco de catástrofes climáticas, até 2050, cerca de 200 milhões de pessoas necessitarão de ajuda humanitária todos os anos devido aos efeitos das alterações climáticas.

Com uma das maiores presenças no terreno de qualquer agência humanitária, o ACNUR está a trabalhar em alguns dos contextos mais frágeis. Onde os conflitos e as vulnerabilidades climáticas se encontram, milhões de pessoas são deslocadas e necessitam urgentemente de assistência e proteção.

Como o ACNUR está a lidar com as alterações climáticas e o deslocamento devido a catástrofes?

Desde a década de 1990, a Agência da ONU para os Refugiados tem trabalhado para sensibilizar sobre as consequências das alterações climáticas e desenvolver iniciativas para garantir a proteção das pessoas deslocadas no contexto de catástrofes naturais.

O trabalho do ACNUR em relação às alterações climáticas inclui a colaboração com os governos no desenvolvimento de abordagens legais que assegurem a proteção das pessoas deslocadas por causas climáticas — incluindo a proteção dos deslocados internos —, bem como a promoção da coerência política entre as partes interessadas, a realização de investigação para colmatar lacunas nas operações e políticas, e o desenvolvimento de atividades de apoio às pessoas durante os deslocamentos provocados por catástrofes.

O ACNUR também está a trabalhar para reduzir a pegada ambiental dos campos de refugiados através da utilização de energias renováveis, de atividades de reflorestação, e do aumento do acesso a combustíveis limpos e tecnologias de cozedura sustentáveis.

Este trabalho faz parte do quadro estratégico de ação climática do ACNUR, que visa reduzir os impactos das alterações climáticas e aumentar a proteção das pessoas deslocadas até 2030. Isto inclui a continuação dos esforços para reduzir as emissões de carbono e garantir a proteção das populações deslocadas, bem como melhorar o acesso a serviços que promovam uma utilização sustentável e baseada nos direitos dos recursos naturais nas comunidades de acolhimento.

Ajude também e contribua para esta resposta.