Mais de 500.000 refugiados regressaram à Síria, incluindo 200.000 após a queda do regime de Assad. Além disso, cerca de 600.000 pessoas que estavam deslocadas dentro da Síria regressaram às suas casas. No entanto, 7,4 milhões de sírios continuam deslocados dentro do país e há mais de 6 milhões de refugiados sírios em todo o mundo.
DAMASCO – Concluindo uma visita à Síria na segunda-feira, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, apelou à comunidade internacional para que tome medidas ousadas e decisivas no sentido de ajudar os sírios a reconstruir o seu país devastado pela guerra e apoiar os deslocados sírios no seu regresso a casa.
Desde setembro, mais de 500.000 refugiados regressaram à Síria, incluindo 200.000 após a queda do regime de Assad. Além disso, cerca de 600.000 pessoas que estavam deslocadas dentro da Síria regressaram às suas casas. No entanto, 7,4 milhões de sírios continuam deslocados dentro do país e há mais de 6 milhões de refugiados sírios em todo o mundo.
Apesar das grandes mudanças políticas ocorridas nas últimas semanas na Síria, a crise humanitária persiste.
"Devemos aproveitar esta janela de oportunidade crucial para ajudar o país a sair de anos de crise e derramamento de sangue”, afirmou Grandi. “Muitas famílias estão a dar o passo corajoso de regressar a casa, ansiando por um futuro melhor, mas enfrentam dificuldades esmagadoras: casas destruídas e danificadas, infraestruturas devastadas e pobreza generalizada.”
Em Damasco, Grandi realizou encontros de alto nível com as autoridades interinas, incluindo o líder do país, Ahmed Al-Sharaa, centrando-se nas melhores formas de apoiar os sírios no seu regresso a casa.
O Alto Comissário apelou aos doadores para apoiarem os esforços de resposta às imensas necessidades humanitárias imediatas e garantirem a recuperação a longo prazo do país. Garantir os direitos e a segurança de todos os sírios é essencial para criar condições favoráveis ao regresso.
Durante a visita, Grandi encontrou-se com repatriados em passagens fronteiriças estratégicas, como Masnaa e Bab Al-Hawa. Em Alepo, conversou com famílias que descreveram as dificuldades extremas que enfrentaram ao regressar e expressaram a necessidade urgente de apoio para se reunirem com os seus entes queridos e reconstruírem as suas vidas.
"Para tornar os regressos sustentáveis, seguros e dignos, e para evitar novos deslocamentos no futuro, precisamos de uma abordagem abrangente", acrescentou Grandi. “Isto significa investir na criação de empregos, restaurar os serviços de saúde, reconstruir escolas e reestabelecer serviços essenciais como eletricidade e água potável. Além disso, o levantamento das sanções será um catalisador vital para a recuperação, abrindo caminho para que mais sírios regressem a casa.”
Os refugiados sírios ansiam por uma melhoria da segurança e estabilidade política para regressarem em segurança. 27% dos refugiados sírios recentemente inquiridos no Líbano, Egito, Jordânia e Iraque afirmaram ao ACNUR que planeiam regressar à Síria nos próximos 12 meses, um aumento significativo em relação aos menos de 2% registados antes da queda do regime de Assad, há apenas algumas semanas.
O ACNUR e os seus parceiros estão a intensificar a assistência humanitária para responder às enormes necessidades dos que regressam. Isto inclui apoio no transporte e assistência legal, ajuda na reparação de casas danificadas, bem como assistência financeira e a distribuição de bens essenciais, como colchões, cobertores e roupa de inverno.
"Este é um momento decisivo", disse Grandi. "O mundo deve agir agora para apoiar a recuperação da Síria. A cooperação entre os países vizinhos, os doadores e as autoridades interinas sírias é essencial para trazer a paz e a estabilidade tão necessárias à Síria e a toda a região.”
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