Vidas ao contrário Vidas ao contrário

Vidas ao contrário

29 de novembro, 2022

Tempo de leitura: 3 minutos

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103 milhões de pessoas precisam de ajuda 

O relatório semestral de 2022 do ACNUR destaca que 103 milhões de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas, um aumento de 13.6 milhões (mais de 15%) em comparação com o final de 2021. "Vidas ao contráɹ io” é o primeiro apelo nacional lançado pela Portugal com ACNUR perante o cenário global de emergências humanitárias.

103 milhões de pessoas deslocadas

1 em cada 77 pessoas na Terra foi deslocada à força

Segundo o último relatório semestral do ACNUR , cerca de 103 milhões de pessoas foram deslocadas à força das suas casas, entre as quais 32.5 milhões são pessoas refugiadas, 4.9 milhões são requerentes de asilo, 58.4 milhões são deslocados internos e outras pessoas com necessidade de proteção internacional. Representa um aumento de 13.6 milhões (mais de 15%) em comparação com o final de 2021. Estima-se que 1 em cada 77 pessoas em todo o mundo foi deslocada à força devido a perseguições, conflitos, violência, efeitos da crise climática, violações dos direitos humanos, mais do dobro do número de há uma década (1 em 167 em 2012). A avaliação do ACNUR indica que este número continuará a aumentar, se nada for feito.

Refugiados, requerentes de asilo e outras pessoas com necessidade de proteção internacional

O número total de pessoas refugiadas a nível mundial aumentou em 24%, de 25.7 milhões (no final de 2021) para 32 milhões (26.7 sob o mandato do ACNUR), em meados de 2022. No final de junho, mais de metade de todos os refugiados (56%), incluindo outros com necessidade de proteção internacional, eram sírios, venezuelanos ou ucranianos. 76% das pessoas refugiadas e em outras condições de necessidade de proteção internacional vêm maioritariamente de 6 países: Síria, Venezuela, Ucrânia, Afeganistão, Sudão do Sul e Myanmar.

O número de requerentes de asilo à espera de uma decisão, tinha subido para 4.9 milhões em meados de 2022. No primeiro semestre do ano, foram relatados mais de 9.6 milhões de novas deslocações internas devido a conflitos e violência. A grande maioria encontrava-se na Ucrânia, que representava quase três quartos (74%) de todas as novas deslocações internas. Foram também registadas deslocações dentro do próprio país na região de Tigray, na Etiópia, bem como em Myanmar, Burkina Faso, República Centro-Africana, Moçambique e República Democrática do Congo.


"Estes dados representam uma realidade horrível. As vidas de 103 milhões de indivíduos em todo o mundo foram destroçadas pelo trauma, tormento ou ameaça de conflito, perseguição, insegurança ou violações dos direitos humanos", disse Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. “Os números devem ser um apelo à paz. A menos que vejamos um esforço político muito mais forte para resolver conflitos e prevenir deslocações, as pessoas não poderão regressar a casa e os números dos desenraizados continuarão a estabelecer novos recordes”.

A guerra na Ucrânia criou a deslocação mais rápida de pessoas desde a II Guerra Mundial

A emergência na Ucrânia criou a mais rápida e uma das maiores deslocações de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial. Nos primeiros dias da guerra, mais de 200.000 refugiados por dia atravessavam a fronteira para os países vizinhos. A 18 de novembro 7.8 milhões de refugiados tinham fugido do país, enquanto mais 6.5 milhões de pessoas permaneceram deslocadas dentro da Ucrânia. A esta data 3.06 milhões de pessoas foram abrangidas pela assistência da rede do ACNUR.

Os refugiados têm as sua vidas viradas ao contráɹio. O seu donativo ajuda o ACNUR a inveɹter esta realidade.

vidas ao contrário

A primeira campanha lançada pela Portugal com ACNUR “VIDAS AO CONTRÁꓤIO” surge no contexto da época festiva que se aproxima, estendendo-se para além dela, pois a urgência é maior do que os dias do calendário.

Apelamos a que pessoas e empresas possam apoiar os programas humanitários do ACNUR de acesso a proteção, alimentação, água, abrigo, saúde ou educação.

O número de pessoas forçadas a fugir continuará a aumentar, se nada for feito.

VAMOS, JUNTOS, INVEꓤTER ESTA REALIDADE.

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