Este é um resumo do que foi dito pelo porta-voz do ACNUR, Babar Baloch – a quem o texto citado pode ser atribuído – na conferência de imprensa de 2 de setembro de 2025 no Palais des Nations, em Genebra.
Após o devastador terramoto de domingo no Afeganistão, o ACNUR, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, mobilizou recursos de forma urgente para participar na resposta de apoio às comunidades afetadas.
O leste do país sofreu os piores danos, com uma estimativa de 800 mortos, cerca de 3.000 feridos e aldeias inteiras destruídas. Os sobreviventes viram as suas casas ruírem e passaram a noite ao relento.
As áreas atingidas são remotas, as estradas estão bloqueadas ou destruídas, e teme-se que muitas pessoas ainda estejam presas sob os escombros. O número de vítimas deverá aumentar nos próximos dias. Desde as primeiras horas de segunda-feira, o ACNUR e os nossos parceiros humanitários deslocaram-se rapidamente para as zonas mais afetadas para apoiar os esforços de socorro. Está em curso uma avaliação rápida interagências das necessidades, e o ACNUR encontra-se pronto para responder em coordenação com os parceiros da ONU e como parte do esforço conjunto.
Enquanto as pessoas choram a perda dos seus entes queridos, os serviços de saúde estão sobrecarregados e as operações de resgate são dificultadas pela ausência de infraestruturas básicas nas áreas afetadas.
O ACNUR está a distribuir artigos de socorro essenciais previamente posicionados em armazéns de Cabul, incluindo tendas, cobertores e lanternas solares. Estamos igualmente a avaliar os nossos stocks de emergência na região, nomeadamente em Termez, Uzbequistão, para responder a necessidades adicionais.
Estamos particularmente preocupados com as mulheres e crianças afetadas pelo terramoto, que voltarão a estar entre os grupos mais vulneráveis. O apoio poderá ser ainda mais difícil devido à escassez de funcionárias humanitárias capazes de responder às suas necessidades específicas. Estamos a trabalhar com parceiros nacionais e internacionais para garantir que as pessoas com necessidades específicas sejam identificadas e recebam o apoio necessário, incluindo pessoas com deficiência, idosos e agregados familiares chefiados por mulheres ou crianças.
O terramoto trouxe mais morte e destruição a um país já assolado por múltiplas crises, incluindo uma seca severa e o regresso de milhões de afegãos provenientes de países vizinhos. As comunidades têm lutado para integrar os 2,5 milhões de afegãos que regressaram ou foram forçados a regressar este ano. Desde abril, mais de 478.000 afegãos regressaram do Paquistão – cerca de 337.000 através da passagem fronteiriça de Torkham, próxima do epicentro do terramoto. Cerca de 24% dos regressados do Paquistão instalaram-se na província de Nangarhar, uma das mais gravemente atingidas.
A assistência humanitária é desesperadamente necessária e imediata para ajudar o povo afegão e evitar mais tragédias. Os nossos stocks e capacidade de resposta já estão extremamente limitados. Fazemos um apelo global por apoio urgente.do Sul.
Mais de 873.000 refugiados sudaneses fugiram do Darfur e atravessaram para o Chade, que atualmente acolhe o maior número de refugiados sudaneses registados desde o início do conflito. Uma em cada três pessoas no leste do Chade é agora refugiada.
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